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Histórico do 1º Btl DQBRN

Publicado: Sábado, 24 Outubro 2020 04:25 | Última Atualização: Terça, 28 Novembro 2023 15:12 | Acessos: 2025

HISTÓRICO DO 1º BTL DQBRN

O elemento formador do 1º Btl DQBRN é a Cia Es G Q, criada em 1953 e subordinada ao Grupamento de Unidades Escola (GUEs), a partir da estrutura da Seção de Guerra Química da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, que teve como chefe o Maj MANOEL CAMPOS ASSUMPÇÃO.

Em homenagem àquele herói da 2ª Guerra Mundial, que chefiou a primeira estrutura operativa de Guerra Química do Exército, esta Organização Militar recebeu a seguinte denominação histórica: “BATALHÃO MAJOR ASSUMPÇÃO”.

Durante todo o período da Guerra Fria, a Cia Es G Q permaneceu vigilante em relação ao cenário mundial, repleto de ameaças QBRN. Até que, em 1987, suas tarefas de proteção, detecção e descontaminação foram exigidas no primeiro emprego real da DQBRN: a resposta ao Acidente Radiológico com o Césio 137, em Goiânia (GO).

 

 

Ainda naquele mesmo ano, a percepção de que as ameaças de origem QBRN estavam muito mais próximas do que se imaginava motivou o Exército a transformar a Cia Es G Q em Companhia de Defesa Química, Biológica e Nuclear, dotando-a de novas capacidades e ampliando seu espectro de atuação, além de subordiná-la à então Diretoria de Especialização e Extensão.

A partir do final da década de 1980, motivada pela atuação em Goiânia, a Cia Def QBN iniciou sua participação no Plano de Emergências das Usinas Nucleares de Angra dos Reis e, desde então, vem contribuindo para as ações de gerenciamento de consequências de origem radiológica e nuclear.

Já década de 2000, o apoio da Cia Def QBN à Força Terrestre foi ampliado. A Companhia foi largamente empregada na descontaminação de materiais das tropas egressas das missões de paz da ONU no Timor Leste e no Haiti, bem como nas ações de reconhecimento e vigilância QBRN em eventos desportivos de alta visibilidade e em fóruns políticos com a presença de dignatários.

Em 2005, a ONU criou o "Dia em Memória das Vítimas de Armas Químicas". Coincidentemente ou não, este dia foi instituído em 30 de novembro, data de aniversário desta Unidade; o que reforça nosso compromisso com os esforços de não proliferação e controle QBRN.

 

Para adequar as capacidades de DQBRN existentes na Força à volatilidade das realidades global, regional e nacional, em consonância com o Processo de Transformação do Exército, em 2012, a Cia Def QBN foi transformada em 1º Btl DQBRN, passando à subordinação da 1ª Divisão de Exército.

Neste período mais recente da história, o 1º Btl DQBRN continuou a ser empregado na segurança de grandes eventos, como na Copa do Mundo FIFA 2014; no apoio ao Paraguai durante a Jornada Mundial da Juventude naquela nação amiga, em 2015; e nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Além disso, realizou a descontaminação de aeronaves que transportaram indivíduos suspeitos de infecção pelo vírus Ebola e atuou no controle de incêndios químicos na cidade de São Francisco do Sul (SC) e no porto de Santos (SP).

Ainda ao longo da década passada, com a participação das OM que compõem o SisDQBRNEx, o 1º Btl DQBRN conduziu todas as fases do ciclo de capacitação em assistência e proteção contra armas químicas para o Grupo de Países da América Latina e Caribe. Paralelamente, contribuiu com ações de mesma natureza junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, no continente africano, e à Agência Internacional de Energia Atômica.

 

 

Como uma Unidade especializada de emprego estratégico, integrante do Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre, o 1º Btl DQBRN necessitava de estreita ligação com o mais elevado escalão existente em sua área territorial. Por esta razão, em fevereiro de 2020, o Batalhão teve sua subordinação alterada da 1ª DE para o Comando Militar do Leste.

Recentemente, por mais de dois anos, o Batalhão participou do enfrentamento a um de nossos maiores desafios contemporâneos: a pandemia de Covid-19. Executando diuturnamente ações de descontaminação de estruturas estratégicas, de capacitação e de profilaxia em diversos locais do território nacional, a fim de contribuir para a retomada das condições de normalidade dos serviços essenciais em benefício da sociedade brasileira.

Numa conjuntura marcada por ameaças globais resultantes do risco residual do Coronavírus, do conflito russo-ucraniano – com seu potencial emprego de armas de destruição em massa – e dos antagonismos entre a Federação Russa e a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a necessidade de dispor de capacidades adequadas de DQBRN emerge mais uma vez no cenário mundial, e pode ser garantida pela Força Terrestre graças à excelência das valências disponíveis em sua principal Organização Militar de DQBRN.

As experiências adquiridas pelo 1º Btl DQBRN ao longo do tempo, permitem-nos dispor de capacidades atualizadas e consonantes com referências nacionais e internacionais nesta área. Nestas condições, o Batalhão vem contribuindo com o Exército para a garantia de assentos em fóruns especializados de alto nível, como na Conferência de Comandantes de DQBRN da OTAN; na condução do Adestramento Conjunto de Técnicas, Táticas e Procedimentos de DQBRN do Ministério da Defesa; em entendimentos resultantes das Conferências Bilaterais de Estado-Maior com nações amigas; e em organismos internacionais de não proliferação e controle QBRN.

Com este arcabouço, ao longo de seus 70 anos de criação, ratifica-se que o 1º Btl DQBRN representa uma capacidade operativa diferenciada no Exército, repleta de história e de tradições, experimentada em emprego real, e que atua intensamente como vetor de projeção da imagem da Força.

DQBRN!

Reconhecer! Identificar! Descontaminar!

 

 

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